PS: Sem generalizar.
Estou vendo movimentos nas redes sociais de artistas comentando que é perda de tempo esse negócio de transformar o Brega Paraense em Patrimônio Cultural Imaterial, que não dá em nada, perguntando se vão agora valorizar a classe. Para esses aí digo, não espere sentado ou criticando para que as coisas aconteçam. Seja um diferencial ao invés de um menino chorão na internet. Para mim, falo por mim, a elevação do ritmo á Patrimônio Cultural envolve histórias de vida, geração de empregos onde várias gerações criaram seus filhos e netos através da arte de cantar brega, de ser um artista popular. Desprezar isso é desprezar vidas, sonhos, noites sem dormir trabalhando para sustento de várias famílias. É desmerecer compositores, músicos, produtores, trabalhadores informais que ganham com as festas, DJ's, enfim, toda o organograma ORGÂNICO (de pessoas) de uma cadeia fonográfica. É desmerecer a história, e pior, a sua própria história, afinal, quem joga pedra (além dos que se acham superior no talento, a 'elite musical', a ala pseudo intelectual, etc.), pasmem, é gente do próprio seguimento. Ora, atirar pedras sem nem ter ao menos feito algo positivo para valorização da classe, sem sequer ter se inteirado do teor, do ocorrido, detonar do conforto de sua poltrona de sua casa, é fácil.
Falam muito: "Ah, o estado, os políticos nunca valorizaram os artistas, o ritimo!" Beleza, e o que você tem feito de união e organização de classe para lutar por isso? Só falou, falou, falou... Onde você se omitiu? Teve uma grande chance agora, e o que fez? Ficou jogando pedras... E ironizam: 'Só agora!". E o que você fez para que, outrora, isso se tornasse realidade?
Teoricamente, se a classe fosse unida e visionária com um órgão administrador que nós representasse de forma séria e honesta, usaria esse título, após oficializado, para barganhar apoio junto ao Governo, junto à políticos com projetos culturais patrocinados por emendas parlamentares DESTINADAS À CULTURA. Mas, com todo o respeito, sem união e organização e estratégia de barganha através da popularidade dos cantores e do próprio ritmo, NÃO MUDOU E NEM MUDARÁ EM NADA! E É por culpa da própria classe e principalmente por culpa de quem só sabe criticar, não trás soluções, não tira a bunda gorda da cadeira para ir a luta, é individualista, egocêntrico, mas se acha o dono da bola. Antes reclamavam (sem generalizar) que o ritmo brega não era valorizado, agora nem ligam por ele estar sendo elevado à Patrimônio Cultural Imaterial. Enfim, só vai haver benefício à qualquer classe, se esta classe se unir e souber tirar proveito, principalmente com uma classe que domina um ritmo popular, que agrega grande público e acabam sendo formadores de opiniões, mas parece que preferem escolher apenas dar suas opiniões negativas. Quem dera se soubéssemos explorar de forma inteligente, essa popularidade, como os baianos souberam.
Os artistas e políticos de Pernambuco, Recife, estão lutando pela classe de forma contundente e feliz para o mesmo feito, se uniram em torno disso, de um só propósito, deixando as picuinhas e mesquinharias de lado. Aplausos para os artistas de Recife, que tanto os admiro, e que estão sabiamente se articulando. Estão certíssimos!! Enquanto aqui no Pará, uns estão atirando pedras uns nos outros, nos próprios colegas de labuta, que estão, PELO MENOS SAINDO DA PROCRASTINAÇÃO E FALTA DE AUTO ESTIMA! Infelizmente, sempre foi assim. Querem mudanças, mas, não mudam seus pensamentos, suas atitudes. Sem evolução, união e articulaçã não haverá valorização. Só mimimi.
Eu valorizo a atitude da Nobre Deputada Ana Cunha. Obrigado, Deputada.